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Mostrando postagens de outubro, 2004

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOLIDÁRIO

Por Maurício França Fabião (*) mauriciofranca@ibest.com.br O cenário Crescimento econômico. Essa é a palavra de ordem do momento. Essa grande diretriz do país, que esbarra sempre na racionalidade fiscal da macroeconomia vigente, tem sua crença baseada no pressuposto de que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) acarretará um correlato aumento do emprego e da renda dos trabalhadores. Porém, é imperioso destacar que a desigualdade social impede que o bolo seja repartido em partes iguais, cabendo aos mais fortes de ontem a mesma grande porção de amanhã. Aliado ao crescimento, é preciso garantir que os mais pobres tenham acesso aos ganhos econômicos de forma autônoma. Uma forma de democratizar o acesso ao emprego e à renda é dando início a um processo de desenvolvimento econômico solidário. Essa política, ainda embrionária e experimental de algumas ONGs e grupos socioeconômicos informais, é uma combinação de duas estratégias: desenvolvimento econômico e economia solidária. Pode-se a

PASSOS CONTRA A VIOLÊNCIA

* Por Maurício Fabião mauriciofranca@ibest.com.br Um novo ciclo de violência aflige a cidade do Rio de Janeiro. Mais uma vez, nos vemos presos em nossas casas, com medo. Medo: esse sentimento tão comum que nos faz ter reações tão inusitadas. Há cerca de dez anos, ouvia de muitos conhecidos uma frase que se tornou comum durante a Operação Rio: “virem os tanques para as favelas e atirem, pois eles moram lá porque querem!” Ou seja, a “solução”, para o problema da violência, era exterminar o “inimigo”. Hoje, quando discutimos as atribuições de uma força tarefa contra a violência no Rio, cabe perguntar de quem estamos falando quando nos referimos à eles: seriam as empregadas domésticas de nossas casas, os porteiros de nossos prédios, os offices boys e as secretárias de nossos escritórios ou os sambistas e ritmistas da nossa escola de samba do coração? Ou falamos de um reduzido grupo de indivíduos que atuam de forma ilegal, impondo o terror à essas próprias comunidades? Qual é o nosso al