A FOME AINDA NÃO ACABOU
A FOME AINDA NÃO ACABOU Por Maurício Fabião [i] Rio de Janeiro, 27/02/2016. mauriciofabiao@hotmail.com Para o senso comum e alguns membros do Governo Federal, a fome teria terminado no Brasil. Isso não é verdade. Segundo dados do IBGE, ainda existem 7,2 milhões de pessoas na extrema pobreza, sendo que 52 milhões de brasileiros se encontram em algum nível de insegurança alimentar [ii] . Essa miopia acerca da fome, que levou várias ONGs a abandonarem a luta contra a fome e a miséria, se deve ao relativo sucesso do Programa Bolsa Família (PBF), que teria tirado milhões de pessoas da pobreza. Por que digo que é relativo? Por que transferência não é redistribuição – o dinheiro não é da família, mas do governo, que pode retirá-lo da família a hora que quiser ou tiver que tirar, caso a família não cumpra com as contrapartidas sociais. Em segundo lugar, o PBF, que se baseia no Imposto de Renda Negativo, do economista neoliberal Milton Friedman (me desculpe, Eduardo Suplicy), u